quarta-feira, 20 de julho de 2016

AGATHA (diz-se por aí, que cometi um crime em Vendas Novas)



seguem -se alguns excertos de um trabalho para a esad sobre os carimbos AGATHA , que  gamei aqui na net:
(…)Os carimbos didáticos foram fabricados pela empresa Portuguesa ‘Criações Agatha’, e foram produzidos como material auxiliar para o ensino escolar numa época em que o Ensino Português apresentava grandes lacunas em termos de recursos de materiais visuais com fim educacional. Durante a década de 1980, este material começou a perder a sua importância e utilidade, devido ao aparecimento de novas tecnologias informáticas(…)
Os carimbos didáticos (…)remetem para uma época em que o Ensino Português era pobre em materiais de apoio à educação. A empresa Criações Agatha surgiu com o objetivo de ajudar os professores na prática docente, criando os carimbos didáticos como um material de auxí- lio. Devido à aplicação manual que os carimbos exigiam e o aparecimento dos meios tecnológicos, em 1980, estes materiais de ensino começaram a tornar-se obsoletos. Para os professores, o computador era visto como uma rápida ferramenta de produção, que vinha substituir vários objetos de uso manual. Nesta altura os carimbos didáticos tornaram-se um sistema de comunicação dispensável no meio escolar. Consequentemente observa-se uma dispersão deste material pelo território nacional, motivando e justificando a sua reunião e catalogação(…)
(…)A empresa Criações Agatha, surgiu nos anos 70, na Rua Brás Cubas, mudando-se em 1974 para a Praça 9 de Abril, ambas na cidade do Porto. A Criações Agatha foi fundada em 1970 com o intuito de produzir carimbos didáticos, uma vez que se verificavam grandes lacunas no ensino Português, bem como a falta de materiais de apoio na sala de aula. A empresa foi pioneira na fabricação de carimbos didáticos em Portugal. Anteriormente apenas chegava a Portugal uma pequena quantidade de carimbos importados, da marca Fernand Nathan, produzidos em França. Os carimbos eram vendidos em Portugal, não sendo exportados para o estrangeiro. A revolução de Abril de 1974, trouxe grandes alterações para o ensino em Portugal, surgindo assim oportunidade da empresa contribuir para essa transformação.
Os carimbos didáticos ocupavam lugar de destaque na produção da empresa, direccionados para o sistema de ensino, passando a ser adoptados de norte a sul do país. A apresentação e venda dos carimbos era realizada exclusivamente por vendedores da empresa, que se deslocavam às escolas, por forma a conseguirem um contacto direto com os professores, promovendo a venda direta dos mesmos.
A produção dos carimbos era realizada dentro da empresa, sendo utilizadas como matérias primas a madeira, a borracha e a cola. Inicialmente a sua produção era mais artesanal e trabalhosa. Posteriormente foram surgindo as máquinas que vieram facilitar todo o processo de manufaturação. Com as ilustrações de cada carimbo determinadas, eram transferidas para um fotólito. Em seguida este fotólito era transformado em chapa de alto relevo. Através do processo de vulcanização, que consiste no aquecimento e pressão da borracha, a chapa de metal colocava-se em contacto com placas de plastoflan (borracha) transferindo a imagem de baixo relevo para alto relevo. Depois do processo estar finalizado, as imagens gravadas em borracha eram cortadas com o auxílio de um cortante, e coladas em tacos de madeira.
A Criações Agatha produziu carimbos até 2004, data de venda da mesma à empresa estatal Editora Educação Nacional, que adquiriu a totalidade das máquinas intervenientes na produção de carimbos. Apesar do aparecimento do computador e fotocopiadora, as vendas deste material didático pouco diminuíram, uma vez que estas ferramentas tecnológicas não se encontravam ao alcance da maior parte dos professores. Através do contacto direto com o novo proprietário da Agatha, Sr. Leonel Costa, tomou-se conhecimento de que atualmente as máquinas de carimbos encontram-se armazenadas, estando parada a produção de carimbos. Diligenciou-se para visitar o armazém onde se encontra esse espólio, de forma a poder documentar este fato, contudo foi recusada a referida visita(…)
(autora:Joana Seiça)

Laboratório de experimentação gráfica/ocupação#2/Vendas Novas








              o resto tá em a3 ,tenho que ir á loja scannar (é assim que se escreve?)